terça-feira, 10 de julho de 2018

Cavalo de força

Somente quer correr e procurar locais espaçosos com novos pastos. Assim também pode gastar toda sua energia sem se preocupar com os obstáculos no meio caminho. Por isso não lhe é agradável espaços pequenos ou objetos frágeis que possa quebrar, em tais espaços teria que medir sua força e correr contra sua natureza. A cidade muitas vezes lhe traz um grande desafio para respeitar os caminhos e a multidão, por isso prefere ser guiado por algum habitante experiente. Quando se trata de trabalho sua força vale mais que sua velocidade, mas persiste na sua liberdade. É domado mas não de todo civilizado, não segue o planejado e nem é refinado. Sempre busca a natureza selvagem e sente chuva na sua pele.
Pessoas desgovernados são como cavalos que convivem só com quem acompanha sua velocidade e não tem pouso certo. Pelo gosto de correr não percebem quando já esão tão longe para retroceder.
Partindo dessa analogia, eu mesmo tenho uma vontade de querer alcançar o que está mais além. De conhecer pessoas novas ignorando as sutilezas da sociais. Me interesso pelas coisas místicas que parecem não ter sentido e que não sei se me serão úteis. Assim prefiro fazer o que todos fazem para as coisas mais banais mas procuro conhecer sempre novas possibilidades.

quinta-feira, 12 de abril de 2018

A Rosário

Dona Lurdes chega na cozinha e começa dar as tarefas para o dia a Rosário:
-Passa um café novo agora pra manhã. Pro almoço faz um arroz branco, apura o feijão e uma carne de mistura. Tira as roupas que tão no tempo porque parece que chove hoje, coloque no cesto. Minto, já coloque no amarinho e chaveia pra crianças não sujarem. Coloca a coca no congelador e bate um omelete.
-Dona Lurdes precisa comprar um vidro de veja e de cândida, o omo tá no final também. Precisa fazer a feira também, comprar um mamão macho, abobrinha cabotiã, mandioquinha e cheiro verde.
-Rosário, faz que você passou pela Parigot de Souza? Será que a feira já abriu? Já abre as janelas pra entrar dar uma ventilada, essa casa abafada. Já passa um pano na sala para tirar o pó.
-Depois a senhora já me adianta algum, quero fazer mercado hoje aí hoje a noite já faço o bolo da Stepanie, vou fazer duas receitas só para o povo da vila e os parentes.
-Já vou indo antes que o sol esquente, bom dia.

domingo, 21 de janeiro de 2018

Americano

- Bom dia, por favor, me pegue um café.
- Aqui está senhor.
- Obrigado.
- Que horas são?
- Já passa das sete da manhã.
Queria comer um croissant antes deixar o local a caminho de seu trabalho. Estava um tanto jetleg pela vinho e cannabis do dia anterior. Iria a pé para o seu trabalho para economizar o dia dinheiro do ônibus. Não ligava em ir a pé, mas às vezes chegava um tanto cansado e suado no serviço que ficaria o dia inteiro. Seu almoço seria apenas um sanduíche por isso tentava economizar o máximo de energia corporal, mas está conta estava longe de chegar um a coeficiente positivo. Pois muito do seu trabalho despendia enorme energia mental.
Depois do dia de trabalho, as coisas de seu trabalho quanto mais a via, mais distante o via distante de seu trabalho, já não fazia mais sentido. Ficou deitado na sua cama e comeu algumas bolachas que tinha, leu um pouco de um livro. Foi para a frente da pensão e fumou um cigarro que o deixou totalmente atordoado. Sabia que ficaria assim mas quis correr o risco.
Foi dormir e preparar para mais um completa rotação do planeta.