quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Como fazer você mesmo

Este é um pequeno relato sobre a história de Johnny, um morador de uma cidade pequenina na região montanhosa mineira. Desde criança morava ele, sua mãe e um cachorro numa casa pequena próximo ao bosque da cidade. Ele era um garoto curioso e adorava ver as formigas no jardim ocupadas nos seus afazeres diários. Também ficava por muito tempo observando as plantas e imaginando o que elas estariam pensando. Gostava de fazer experimentos com fermento de bolo, adicionando água e vendo a reação que acontecia, ou seja, era fascinado pelos fatos da natureza.
Estava um dia em sua casa e havia algumas visitas que ele não conhecia.
- O que pretende fazer quando crescer? - perguntou a moça curiosa.
- Gostaria de ser um astrônomo. - respondeu ele de forma apaixonada.
- Mas você não quer ganhar dinheiro? - indagou a moça supresa.
Mal sabia essa moça que astrônomos ganham muito bem e muitos menos que ele não seria astrônomo. Como gostava da natureza mitas vezes ficava até tarde no bosque. Imaginava que estava numa floresta bm longe da civilização, que conseguiria viver ali com o mínimo de tecnologia possível.
A medida que envelhecia ia afastando desse seu lado mais selvagem e ia para um estilo mais urbano. Porém certa vez quando acampava com seus amigos se perdeu do grupo. Ficou isolado numa parte distante duma floresta real sem saber o que fazer. Era seu sonho que agora podia ser um pesadelo. Acho um local local que pensou ser seguro para dormir, de certa maneira estava com medo, não sabia do que e era exatamente esse o problema: o que poderia acontecer? A medida que ia adormecendo esqueceu seus medos e pensou na sensação daquela solidão que fazia lembrar da sua infância e da fascinação pelo universo e aquela era uma ótima sensação. Imaginou que ficaria ali por muito e ja pensava o que poderia conseguir para comer naquele local.
Ele nunca pensaria que seus amigos o achariam tão rápido, mesmo que tenha sido ao amanhecer. Ele estava feliz por estar a salvo mas uma certa tristeza havia como se sentisse que deixasse sua verdadeira casa.
Que bom ver vocês. - disse ele com um meio sorriso.
Bem, sorte sua termos achado você pois aqui é bem perigoso. - disse o chefe da excursão.
Prometo tomar mais cuidado. - respondeu ele obviamente.
Vamos embora? - indagou um de seus amigos.
É, vamos. - disse ele pensando que de alguma maneira levaria algo dali.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Assim como Machado de Assis

-Boa noite.
Disse o senhor que se aproximava do guichê, possivelmente com objetivo de comprar bilhetes para o próximo trem. Ele vestia um sobretudo preto até o pé onde dava para ver a ponta dos seus sapatos igualmente pretos. Na mão carregava uma mala marrom que parecia estar muito pesada a ver pela sua postura corporal. Por debaixo do sobretudo era possível perceber que havia um elegante terno e na cabeça um chapéu. Esta noite estava fria e havia uma névoa que dificultava a visualizar o redor da estação. Poucas pessoas pegavam o trem da meia-noite, normalmente as que estavam atrasadas para algum compromisso para o dia de amanhã.
-Boa noite, lhe aviso que há somente bilhetes para a cidade vizinha, onde amanhã de manhã você possa pegar o trem para locais mais distantes.
O moço ficou a olhar fixamente para o bilheteiro enquanto pensava se valia a pena partir agora. Visto que não tinha para onde ir pensou em seguir seu caminho. Ele ainda teria muito tempo de viagem até chegar ao seu destino. Essa névoa representava bem sua sensação sobre o futuro, sabia que estava próximo de seus objetivos mas não podia enxergá-los bem.
-Vou nesse mesmo senhor.