sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Do alternativo excêntrico

Antigamente criava uma imagem do alternativo excêntrico caminhando em busca de algo, para pensar, ou para só andar. Cortou o cabelo, pensou que não era mais jovem para esconder seu rosto. Não queria mais impor uma personalidade. Nunca teve muita aptidão nos contatos sociais, sempre estragava as amizades pelo exagero ou pela ausência, não sabia o que fazer e nem aonde ir, só sabia quando não gostava, quando era tarde demais. Ao contrário de sua juventude, agora ele costuma usar os vícios com moderação. Isso pode ser resultado de outra fase de viver ou uma nova vida dentro de si. Escolhas ruins trazem experiências interessantes e escolhas melhores.
No verão a cidade ficava cheia de pessoas e as ruas iluminadas, os amigos apareciam e a bebida também. Era uma diversão saudosista quando se juntavam no fim do ano e depois ficava uma ressaca. Sempre se espera acontecimentos mágicos das datas especiais e com frequência aconteciam desilusões fantásticas. A velha tristeza parece uma tradição do natal e muitas vezes até agradável.
O clima mágico do natal nos países nórdicos é completado com o frio, então no hemisfério sul os meses de junho e julho tem certa fascinação. Nessa época se sentia mais confortável, pois normalmente é muito quente. A solidão das ruas frias combinava com tragos de cigarro e uma bebida forte. Em sua introspecção procurava viagens loucas ou se arriscar pela cidade. Não havendo divertimento o que sobra é esvaziar nossa mente com algo produtivo ou com qualquer passatempo.

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