quinta-feira, 16 de outubro de 2014

prazer secreto

Olhar-te de longe, do escuro. Sua exibição não intencionada muito consciente, sua insatisfação com a aparência, estar na segurança da sua censura ou você da possível minha, do julgamento da expressão de descontamento cotidiano, de cansaço. O garoto prosseguia bem sucedido no seu projeto de vida de viver ao contrário caindo na mesmice, não fique triste, você ainda está na vanguarda, ainda é contemplado como uma forma de arte.Fidelidade sua que mantenho de tudo que não é corpo, que não é físico, quase uma coisa-em-si de Kant, um ideal de Platão.
Dos pequenos joguinhos perdidos, dos risos de prazer de pequenas crueldades que não me ferem ou ferem me com prazer. Satisfação irresponsável, vivência distante, consciente, sincronizada.
O artista contemplando a tal jovem, desperdiçou seu talento na eterna obra incompleta, incompleta física, por falta de uma parte, ou pelo tempo que não existiu para viver a o saber, aprender de sua existência, o prazer o desperdício, do não viver a não ser seu ideal, um enorme ineficiência. A eficiência para coisas fúteis e totalmente altruísta, não por bondade mas por não prazer em se ajudar.
Esse artista totalmente ideal, mas sua vida sendo um mecânico processo no qual não se aplica suas ideias, que só se multiplicam e se perdem, no outro mundo. Contemplando vidas muito mais vivas para si, que alimentam sua essência, lhe despertam o mínimo de talento que proporciona a vida.

domingo, 20 de julho de 2014

Sunshine

            Estar à espera do mais acontecimento que você deseja. E por isso deixou ele de viver e deixou o rio levar sua vida ou seu barco, esse rio que se pulasse se afogaria por não saber nadar então num barco não agradável navegou. Apreciando pelas janelas invisíveis mais bem existentes a paisagem que devia tanto tocar, mas impedido pelas conveniências, por saturno, pelos deuses, pelo destino ou por sua incapacidade, não importa, eis o momento simplesmente e que ele não consegue saí-lo.

            Agora está à beira do brilho intenso do sol que vai lhe aquecer e trazer sua vida novamente ou suas ilusões adoráveis e prazerosas isso que talvez ele queira ou que sabe que o não quer agora. Cada vez menos certo do que é verdade ou de que não precisa da verdade. Sentindo muito mais amor, amor menos doloroso, com uma sábia mulher uma vez disse: Eu acredito no amor. No amor hollywoodiano fantástico e avassalador ou no sublime amor francês, no amor passional italiano ou amor material brasileiro. Viu seus amigos num quadro e sua vida dentro de um museu visitado pela manhã, numa enorme solidão lhe cortava batia contra o rosto quando não sabe da onde vem o golpe, deslocado e desacordado. Mas essa solidão super útil para lhe fazer pensar sobre suas sempre ilusões, que se fossem nuvens ainda que não pudesse pegá-las ainda poderia vê-las, e não deixar de existir tanto quanto uma música. 

terça-feira, 11 de março de 2014

Humano depois de tudo

Sempre queremos ser melhores do que a nossa natureza, ser melhores do que um ser humano. Fazer mais do que nosso corpo permite, do que nossa mente aguenta. Queremos resistir o sono, seja ao dormir tarde ou ao acordar cedo. Tentamos comer mais do que nosso estômago pode aguentar e em alguns casos não comer quando deveríamos. Praticamos exercícios que desgastam nosso corpo além do limite como se fosse uma máquina, ou não fazemos absolutamente nada mesmo nosso corpo necessitando de um mínimo de movimento. Desenvolvemos atividades que possam nos trazer reconhecimento, satisfação e para isso ultrapassamos todos esses limites aí. Às vezes a capacidade de amar pode ir contra nossa natureza, quando nos auto-destruímos por alguém, ou quando negamos nossos sentimentos. Por mais que alguma das vezes tenhamos que escolher em nos sacrificar de uma maneira ou de outra, a maioria das vezes queremos ir muito além da nossa capacidade mesmo isso tendo uma necessidade. Temos uma necessidade natural de aventura, queremos correr riscos enormes por alguma realização ou pelo simples prazer. Jogamos alto, nos arriscamos e nos destruímos por vontade própria e pelo prazer. Isso tudo além do enorme esforço que a nossa rotina pode nos requerer de ultrapassarmos nossos limites. No final de tudo isso a conclusão é que somos humanos depois de tudo, porque no final, o atleta campeão, o gênio da matemática, o poeta amado, todos esses caem de sono no final do dia (isso quando não tem insônia, da mesma maneira ficam deitados em suas camas em algum momento esperando o sono vir como a criatura mais frágil da face da terra). A nossa necessidade de superar nossa natureza é também nos é natural, e vivemos nesse conflito de dominar e sendo dominados pela preguiça, pela gula, pelo carinho, pelo impulso, por falar da vida dos outros, por fumar um cigarro, beber uma cerveja, por negarmos nós mesmos em algum momento talvez escondido num padaria no outro lado da cidade. Pela nossas fraquezas descobrimos nossa humanidade, nossa igualdade e conseguimos enxergar o outro, enxergar a natureza das coisas, que se tem um limite, um limite da ação e um limite de ação.

sábado, 1 de fevereiro de 2014

vênus em quadratura com saturno

Faz uns 3 meses que não escrevo, faz um tempo que venho mais do mesmo e um reconstruindo-se.
Ao som de Joy Division retomo a escrita, com meus belos defeitos com a arte de deixar de escrever umas palavras do nada.
Ultimamente estou passando por um trânsito astrológico onde saturno em escorpião conflita com meu vênus em aquário, bem, coincidência ou não pareço está com certa dificuldade nas relações pessoas, sociais, amorosas. Dificuldades seria estar enxergando e descobrindo coisas que antes não perceberia, finalizando algumas relações destrutivas. Isso é o que parece.
Mas é isso, acho todas as dificuldades ou simplesmente o presente uma face da existência, então tento não criar mais barreiras para tal, o que for que esteja acontecendo, dificultando, tentarei fazer disso um tema para a arte.
Olhando de maneira diferente para comum tendência de revoltar-se com o status quo. Seguindo fazendo e vendo antes só teorizando. Amando o que estiver ao redor, ao alcance, ao não alcance, ao visível, ao que quer. Servindo de experiências para erros da natureza (citado, pergunte me quem).
Parece que podemos tirar algum proveito da coca cola ou dos charutos cubanos. Dançar livremente nos campos floridos.