sábado, 17 de dezembro de 2011

Kitsch,

Chegamos ao fim do ano, e daí, o tempo não passou rápido não, ontem era ontem e não 10 meses atrás. Mais um ano de alguns fracassos e muito trabalho e mais conhecimento. Eu não quero voltar aos 20 pois era uma estúpida disse Madonna, mas certamente você se divertia, veja com bons olhos seu passado, senão você vai parecer mais velha do que realmente você quer. O amor, não escolher, cega, será? Quando amamos talvez seja mais fácil passarmos a ideia que estamos dopados que estamos fazendo aquilo por nossa vontade. A vontade que sempre tivemos de jogar tudo pro alto e se dedicar a alguma coisa. Abandonamos amigos, trabalhos e sonhos por um amor, acho que é conscientemente e é bom, acho que é mais um embaçado do que uma cegueira.
A cegueira pode ser um ponto de desilusão, de solidão que nada realmente importa. De começar do zero ou de acabar do número que estiver. Não é fácil fugir dos caminhos previamente traçados, por isso temos medo de ser pedantes, medíocres ou melosos e passamos por muitas coisas que desejamos mas não temos coragem de agarrar, parece que o fato de estarmos ficando velho e com compromissos arranjamos todas as desculpas. Bem não precisa só ser assim, velhos podem gostar de chocolate e bolachas recheadas, apesar de já estarem fumando seus charutos e comendo couve-flor refogado, quem liga eles são velhos mesmos.
A nossa vida supostamente é uma carrossel dramático com perseguição policial, mas tem muito mais horas de pijamas preenchendo formulários, pelo menos a minha. Hollywood educou muito mais gente que a maioria das escolas pedagógicas. O quadro do meu cachorro está na minha sala de visitas, será a solidão ou outra forma de companhia. Isso tudo não importante, o fato é porque um cachorro não merece um quadro também. quem merece, o que a gente vai ver na parede, quem tem alma, pra que falar ou comunicar, quando dormirmos tudo é vivo. Como limitar o que não tem limite, só o espaço.
Depois de um tempo damos uma reviravolta na nossa racionalidade, e não pegamos sabendo mais o ponto de que paramos. Acho que devemos abraçar os próximos estágio, evitando porém de esnobar os que já passamos tipo os 20. Não devemos nos enganar em relação ao nosso corpo senão ele pode nos dar uma rasteira. Viva, mergulhe, respire. Perca o fôlego, caia na praia, esteja sujeito a bondade moradores da vila mais próxima, o viver não tem como escolher.