quarta-feira, 7 de setembro de 2011

origens, demasiadas origens

Acordou exausto, João de Quimera e foi procurar o motivo de sua tristeza. Se dirigiu como de costume a biblioteca próxima a sua casa, procurou um pouco e achou um exemplar de proust que há muito estava propenso a lê-lo, sua mente cansada porém não concordava muito com essa ideia mas mesmo assim insistiu algumas páginas. Notou como era opressor aquele ambiente da biblioteca, pensou em como seria bom ler em sua casa jogado em alguma cadeira ou no chão mesmo e talvez fumando um cigarro, essas coisas não seriam possivelmente aceitáveis ali, bem, menos vontade ainda o deu de emprestar o livro, não queria que laço com a biblioteca, fazia pavor nele.
Resolveu ir embora, por aí, perambular pelas ruas, olhar as vitrines do centro a seu gosto, sempre gostava de fazer amizades, mas também tinha pavor dos moldes sociais, era um desastre social. Contudo, joão nunca desprezava o algum contato acidental com alguém e foi isso o que aconteceu, parou na praça de um bairro próximo e começou a beber vinho com algumas pessoas esquisitas que ali estavam. O que lhe era difícil de se lidar como medir o tratamento com alguns que acabara de conhecer: íntimo, impessoal, sensível, emotivo, formal... sabia que para conquistar algo a mais de primeiro contato às vezes precisava fugir das regras, mas também não era garantia de nada. Quando embriagados todos pareciam-lhe muito íntimo decidiu que já era o bastante, não gostava da sensualidade misturada com afeição, gostava mesmo da impessoalidade e do perigo dos humanos desconfiados.
Fato que iria voltar a seu abrigo e proteger-se das intempéries. Tinha planos de proteção a solidão, com algum sexo casual de talvez alguém com conseguisse ou não o entendê-lo, por isso decidiu não decidir muito por hoje  e seguir alguns dos seus rituais só.

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