quinta-feira, 9 de junho de 2011

revoada de pombos

alguma coisa bonita depois de algum tempo no meio do furacão, ou só algo tranquilo...
vemos a sabedoria na nossa mão como se fosse a desilusão do mundo, o desacontecimento de nós mesmo, a falta da fantasia. bem, parece que ao passo que tomamos conta cada vez mais da ciência, da morte, da esterilização parece que tudo perde a graça, talvez não, pode ser que tudo fiquei mais multi-colorido, basta ajustar o prisma, deixa o sol brilhar a pino, aceitar a inconveniência de não acaso com um outro acaso totalmente casual, quando o sexo casual parece não ser mais furtivo e mais seguro e sem prazer, há de aumentar o nível da libertinagem ou voltar aos velhos padrões? pelo menos temos mais escolhas, mais comparações, mais probabilidade que nem diz o vídeo do mec sobre bissexualidade. sendo mais consciente de nós do mundo, do futuro, podemos ser tragicamente mais animados e decadentes, haja whisky e leitos de hospitais para a próxima geração. Bem mais o mundo acaba pelo menos uma três vezes por século, uma amiga, Rosa, me disse uma vez "ah, naquela eu pensei que fosse morrer por tal motivo e hoje eu vejo que não ia morrer não" como se fosse muito, parece ter um sentindo de termos muito a ser visto ainda.
Ao mesmo tempo com o futuro, com a tecnologia, tem uma necessidade hoje de voltar, de envelhecer coisas que não são velhas, pessoas que não são, podem ser obsoletas, toscas e chatas, mas não são velhas ainda. O *** mais bonito da cidade tem um ar de inediditismo com base muito banal, que como diz AP, as pessoas não são feliz assim. Elis R. consegue fazer isso, envelhecer as coisas de maneira natural, quer dizer, buscar as coisas velhas pra seu redor, pra se sentir forte, que nem pensam esses cidadãos, se você quer algo que está firme a muito tempo então não vai ser algo adolescente alucinado, vai ser caretice madura e muito alcoólica.
A necessidade de de misticismo, de outro lado da vida, alma chega a uns extremos interessantes, que mistura crendices, e hábitos muitos estranhos de conversar com uma planta por exemplo, ou da religião mais ignorante possível, acho que essa conversa está registrada nos porões onde estão guardadas minhas conversas de 2008/09, onde a necessidade de uma religião, de um Q. Voltando ao início, isso não vai trazer muito mais do que reflexões sobre o futuro.
Realmente perceber algumas coisas é muitos frustante, muito frio e dolorido, está diante da estrutura cruel e rígida das coisas, de como talvez hospitais sejam financiados pelo narcotráfico numa favela. Então fazer certas constatações, jogar opiniões, coisas, ser categórico, é muito difícil. Não por estar certo, mas por cobrarem certeza. É interessante também falar a sua profunda essência, parece vazio momentâneo, que traz a necessidade e o prazer de buscar novas coisas. Eu antigamente comparava bastante as coisas com curar feridas, que logo após que você retira alguma coisa da sua pele que a estava inflamando parece que o ferimento fica pior do que antes, por talvez doer mais agora, mas isso é só o início da cura, eu gostava da ideia dessa dor que significava a cura mas ao mesmo tempo ainda ficava a dúvida se isso tinha sido ou não a melhor coisa que só seria percebido algum tempo depois. Realmente arrancar as coisas pela raiz é muito bom mas nem sempre é possível fazer isso ai nem depende da dor, depende do tempo, do trabalho, é, estafante.
E talvez a pior forma de curar a si mesmo seja na forma de se entregar totalmente, tipo submeter no "não depende mais de mim agora, uma estranhíssima sensação muito boa, mas muito difícil de encarar. Nem futuro, nem passado agora, nem trabalho, nem dor, apenas sair do controle de si mesmo. Embriagar-se, talvez seja a denominação de amor. E como encaixar mais isso no segmento de vida e na mente já tão congestionada com todo o resto. Sinto acostumado mais as coisas práticas e totalmente inútil da vida, mas não a sublime de amor, mas é interessante pela estranheza, novidade não diria, porque parece a coisa mais banal, mais brega que sempre soubemos, que bom quando conseguimos esconder ou proteger isso no fundo de nossa alma.
Seguindo uma organização não comum chego ao derradeiro dos temas aqui, a introspecção. Tenho lido esses dias sobre introspecção descrita como a casa, a família. Mas pode descrever com seu cantinho, sua repartição na empresa, o tapete do cachorro. Todos tem a necessidade disso o porque, não sei. Mas ficar totalmente inerte olhando o trem passar é tão necessário quanto sair gritando bêbado de madrugada correndo de cachorros.


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