sexta-feira, 27 de maio de 2011

aos fracassados - Editorial

Falar um pouco da técnica por trás da arte.
Agradeço aos apreciaram o estilo totalmente fora de controle que tenho escritos, o que resistiram as loucuras aqui mostradas e aos que apreciam a arte de estar na vida.
Então, vou comentar um pouco sobre algumas coisas que aprecio...
Porque a França, porque cavalos? Sou fanático e ao mesmo tempo sou muito crítico, eu sempre julgo alguma coisa pelo que eu achei no primeiro momento, a França eu sempre achei algo muito arrogante e cavalos algo normal e banal. mas o engraçado que eu começo perceber agora é como de algo banal pode surgir infinitas possibilidades e de que coisas novas e surpreendentes possam ser muito limitadas, que nem a aquela velha cadeira... Então possa ser a resposta para outra coisa que ia falar, sobre o Van Gogh, ele é massa porque tem é ligado a vários assuntos que me interessam, que afligem, que torturam: ele é suicida - algo muito misterioso, muito corajoso (seja corajoso até por alguém dizer pelo excesso de covardia), ele se desiludiu com seus próprios sonhos, ele se internou como louco, ele se feriu por obsessão a alguém, algo parecido com o Renato Russo, ele é ariano, ele pinta ele mesmo triste, pinta sapatos, pinta girassóis, ele é inacabado.
Outra coisa interessante, às vezes eu deixo de usar letra maiúscula em algumas palavras pois eu acho que isso é um autoritarismo (vai saber né). Eu acho legal que tenha muitas pessoas que eu sei que não gostam da minha opinião e a discordam dela de forma sutil e covarde sustentada pela força da maioria, é, eu adoro isso mesmo, contestar a maioria, contestar tudo, não tem um objetivo em si, mas vem muitas vezes de algo que eu sei que incomoda a muitos.
A França, remete a leoninos também, leoninos muito me incomodam e me fascinam (falar de astrologia incomoda muita gente, mas tem muitos assuntos que são muito falados que me incomodam). Leoninos são sol, ofuscam mas trazem calor, brilhantes, gosto deles por muitas vezes serem desgostosos e pela sua ausência assim evita de eu tentar me libertar, fraqueza minha é minha clara obsessão por muitas coisas assim fica fácil saber o que fazer. Mas acho que todo mundo tem muita coisa de previsível mas às vezes foge de se próprio comportamento, como muitos gostam de não ser rotulados, já me surpreendi com muitas pessoas por isso mesmo, por receber um tratamento oposto do que eu espera, e, sempre esperando de tudo às vezes arrisco conversar com aqueles velhos fim de festa que contam histórias muito interessantes.
A França, tem muita arte, muita revolução, muito tédio, muito detalhes, eu acho interessante o jeito deles de enfeitar o que não podem ou tem preguiça de melhorar. É o inverso de cavalos, com sua delicadeza bárbara, que passa por tudo com energia aliada a força, mas como já descrevi é sua capacidade de fazer o que quer e muitas vezes ficar parado é brilhante. Sabe eu acho que quando você olha para um cavalo, você vê que ele não gosta de pessoas perto dele, ainda mais montados em cima dele, mas ele olha pra você e pensa, parece que ele vê algo em nós que a gente mesmo não vê. Eu exagero, mas é meio por esse lado.
Tem mais coisas, bem, acho interessante a personalidade única de muitas figuras que andam por aí, não tem como você não se surpreender com por exemplo alguém colocando o lixo pra fora de casa com uma torrada na boca e depois cantando uma velha música do roberto carlos como se estivesse encenando sua própria vida de maneira brilhante e só se importasse em não derramar o leite.
Muito de mim, é bizarro, prefiro que olhem pra meus questionamentos do que pra mim mesmo. Então, fracassados. Muitos que lutam, que reivindicaram sua liberdade e foram surpreendidos com a estagnação dos acontecimentos. Então, parece a vida ser repetida e imutável, mas quando você olha para o processo das coisas, quando você olha para os seus sentimentos, o que te deixa com raiva, vê que tem muitas coisas em transformação. Não gosto de pensar de maneira positiva também mas...
Talvez seja melhor você perder o ônibus de manhã, ou aquele seu grande amigo mudar com a família para a cidade onde o sol brilha mais e você ficar na sua velha sombria cidade, porque? Não chega a ser gostar de sofrimento, até porque eu odeio perder o ônibus, seja qual for... Mas é legal ficar com raiva, a gente acaba fazendo as coisas de outra maneira, levando a lugares inusitados, outros sentimentos também fazem isso, tédio talvez até.
Eu queria algo que talvez não consiga, aproximar do pensamento de algumas pessoas que tentam transmitir suas idéias, mas parece que estou muito longe disso, não sei se é só sensação.
Pessoas que gostam do inverno e não do verão, que falam com plantas, que guardam coisas velhas, que ouvem músicas vibrantes ou que usam um chapéu engraçado, cadê elas?
Meninos que andavam pela floresta sozinhos ou meninas que subiam em telhados... Pessoas sozinhas ou que conversam com pessoas desconhecidas na rua. Que lavam seu carro como se estivesse num mundo mágico ou que estão trabalhando numa mina de carvão e desenhando nas rochas.
Interessante, além da França é a Grécia, mas não, não acreditam, mas não é por eles serem libertinos e sim por serem muito viajados, muito esportistas, terem deuses com personalidade, construirem templos muito bonitos, eles, conseguem ser melhores que os franceses, eu não sei onde devemos estar, se é onde queremos, mas sei que tem muitas coisas que me encantam do tipo que valem a pena ser vividas e outras que pelos menos é bom lutar, lapidar o que há ou simplesmente descer carregado pela avalanche. Esperando que algo tenha sentido quando te levarem de volta para a civilização.
Gosto de esporte também, acerta uma cesta de basquete, uma saque no vôlei, faça um gol ou drible, ou tudo isso ao contrário e vá entender. No esporte há objetivo sendo alcançado e o estranho porque disso, assim como aqueles obstáculos que parecem intransponíveis. Mas acho legal a disputa também, de alguém se achar melhor do que o outro, e às vezes não ser, da zombaria, do consolo, do êxito, da revolta, da tristeza, do esgotamento físico, do não mais.
É, não consigo fazer as coisas em linha reta, agradar que eu quero agradar, entender esses mesmos, e ainda tenho que fazer tudo, de maneira errada, tem que ser feito de qualquer maneira, legal, perceber que outros também não tem a mínima idéia do que estão fazendo mas mesmo assim fazem e tentam melhorar e criticar, criticar até a necessidade do necessário.
Espero que tenha sido muito dramático ou qualquer outra coisa, o que quer seja parece não poder ser mudado, só com o tempo ou com o dinamismo do tempo. O contato sempre é preciso.

Um comentário: