domingo, 24 de abril de 2011

a carioca

Passando na rua com seu vestido florido ao balanço do vento, saltos, cabelos ajustados como se fosse a correria do cotidiano, às vezes só o desapego. No olhar resplandecia a liberdade, na prática poderia ser a irresponsabilidade mesmo. A mulher caractere, característica.
Sedutora, sensual, sem um tostão pra me emprestar...
Como começou isso...?
Acordou, não sabia o que era sua vida desde de ontem a noite, desde dos primeiros minutos da manhã, o sol te acordou, vislumbrou o passado, o futuro.
No celular uma mensagem, seu namorado, questionava seu sumiço ontem a noite, seu recolhimento, domingo a noite, casual, conseqüente do morno de sua vida. Todos seus cartões de crédito inutilizados para comprar a auto-estimo seu, agora, coloca um copo de Whisky em cima do amontoamento de papéis-conta. Coloca mais uma carta de seus pensamento no empoleirado livro do Nieztsche das épocas acadêmicas, ninguém iria achar, pois alguns pensantes que estavam em sua vida, já não, agora só pessoas de vontade e de corpo e laboro.
Pegou o maço de cigarros, colocou na bolsa da última tendência que carregava velhos hábitos... Colocou mais alguns trocados, o celular já não ligava há dias, cobradores e compromissos eram os únicos contatos... Sua memória verdadeira estavam com alguns amigos distantes, alguns em péssima situação, época de solidão, de selva. Pegou um anel e um colar e colocou na bolsa também.
Caminhou para fora de casa, em direção ao penhor, alguns trocados queria pelos seus bens para gastar com o que vier na cabeça, precisa de um mínimo de capital.
Saiu, volto, pra sua vida mesma, esperando algo, mais. Aparentava bem mais segura do que realmente era, bem mais bonita do que se achava, até mais feliz que era e que foi... mais o mundo, ou menos, ainda tinhas seus valores, de adolescente idealista, prefereria perder toda sua elegância a seu idealismo.

2 comentários:

  1. Pegou o maço de cigarros, colocou na bolsa da última tendência que carregava velhos hábitos... Colocou mais alguns trocados, o celular já não ligava há dias, cobradores e compromissos eram os únicos contatos... Sua memória verdadeira estavam com alguns amigos distantes, alguns em péssima situação, época de solidão, de selva.
    delicioso.

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