quinta-feira, 31 de março de 2011

Catita


Mais do que falar sobre a cadela Catita que morreu, eu quero falar(!)
Catita, dourada,
Digna, serelepe e muito vira-lata,
Liberdade, muitíssimo livre, não adestrada, nunca
Apenas conseguiam aprisioná-la...
Mas ela, não era do tipo dissimulada,
Era autêntica, melhor ou não
Era
Mesmo com poucos dentes ainda mordia
Não se fazia,
Só latia e queria comida e vadiar
Não tinha valores, tinha base
Nem nada,
Não fazia pose, era pega de relance,
Buscava seu lugar ao sol
E sua farra noturna
Teve alguns filhotes, mas quase nenhum vingou
Só vingou sua descompassada natureza
Seu triste fim
E com muito momentos ótimos que presenciei
Fica na memória
Na mente
No espaço-tempo
Essas melhores coisas
Que valorizo
Imprevisível, ao morrer, quis me pegar de surpresa
Pois sabia que não teria coragem de ir se não fosse assim.

Bem, furor...
Mas,
Pouco o que dizer, que possa dizer mesmo, que possam ouvir, já tô até arquivando textos e temas e pensamentos;
Estamos suscetíveis e quando mais se mexemos mais presos ficamos, mesmo assim, ainda cuspimos na cara deles, não sei pra que, mas é isso e foi
Vou tentar apenas avivar algumas coisas pro espírito desses tempos.

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