quinta-feira, 31 de março de 2011

Catita


Mais do que falar sobre a cadela Catita que morreu, eu quero falar(!)
Catita, dourada,
Digna, serelepe e muito vira-lata,
Liberdade, muitíssimo livre, não adestrada, nunca
Apenas conseguiam aprisioná-la...
Mas ela, não era do tipo dissimulada,
Era autêntica, melhor ou não
Era
Mesmo com poucos dentes ainda mordia
Não se fazia,
Só latia e queria comida e vadiar
Não tinha valores, tinha base
Nem nada,
Não fazia pose, era pega de relance,
Buscava seu lugar ao sol
E sua farra noturna
Teve alguns filhotes, mas quase nenhum vingou
Só vingou sua descompassada natureza
Seu triste fim
E com muito momentos ótimos que presenciei
Fica na memória
Na mente
No espaço-tempo
Essas melhores coisas
Que valorizo
Imprevisível, ao morrer, quis me pegar de surpresa
Pois sabia que não teria coragem de ir se não fosse assim.

Bem, furor...
Mas,
Pouco o que dizer, que possa dizer mesmo, que possam ouvir, já tô até arquivando textos e temas e pensamentos;
Estamos suscetíveis e quando mais se mexemos mais presos ficamos, mesmo assim, ainda cuspimos na cara deles, não sei pra que, mas é isso e foi
Vou tentar apenas avivar algumas coisas pro espírito desses tempos.

terça-feira, 22 de março de 2011

fukushima #01

...
você não tem heroína então usa algafan...
Kevin próximo ao rádio ouvia baixinho essa música e se lembrava de outra, da Elis, que o sol batia na cabeça...
descontrolado, ainda tinha os ferimentos de sua rebeldia, foi arrastado da estação ferroviária totalmente insano, reação adversa a certo tipo de química, que logo depois o fez cair desmaiar e espumar, agora está na sua grandma style velha casa, do hospital, só lembra a imagem do seu caro amigo, triste a chorar,
agora está sozinho, acordou lá, alguém há de voltar, porque sente segurança de alguém na casa...
apesar de tudo, está mais relaxado que nunca, sente como se fosse "exorcizado" ou apenas tivesse tomado um banho de chuva finalmente.
lembrou-se de she lost control (again) e pareceu a si mesmo
há coisas que parecem que retornam e essa idéia nos deixa apavorado...
ele precisa duma casa, dum cachorro sério e de flores no quintal... assim como um insano diz, por mais que se lave as mãos, as unhas nunca se limpam...
so, run my baby run,
corra com sua velocidade máxima, pois isso é o que mais gosta de fazer...
corra, não pule do carro, não salte do cavalo em movimento, não agora, por mais que você queira, so run my baby run...
e o ar da cidade fica mais pesado, o inverno nos encosta na parede, o que irá fazer hijo...
seu perfume não exala, nunca exalou, por mais que@
....,,,,,,,,,.........,,..........,,,,,,,,,,,,....,.,.,.,.,.,.,.,-----------------____-______---__--_-_--
amanheceu agora,
kevin vê o estrago, gigantesco, de olhos caídos
precisa de um tempo, é isso aí
fix me now, i wish you would
dói na cabeça ainda, mas ele sabe que ela sempre dói mesmo
\o\ \o\
salta do carro,
de cabelos compridos,
toca na maçaneta e kevin
ouve a entrar,
logo quando vê seu rosto
sorri

domingo, 20 de março de 2011

wind in her hair


feliz ano novo astrólogico, feliz meu aniversário também...
típico de mim roubar nome de músicas para os meus post, mas esta música merece e tem tudo a ver com hoje... uma música do adorável Motorama... ventos que anunciam o outono...
tudo que tem acontecido está faltando minha opinião... muitas coisas mesmo...
meu amado Japão sofreu sérios danos, fiquei triste por isso mas, fico espantado com a irresponsabilidade deles em ter tantas usinas nucleares, irresponsabilidade ou destino?
Eu acho que... usina nuclear é óbvio o problema delas, é anos 90 critica-las, eu lembro que sempre tive uma impressão o horrível da existência de Angra I e II, bem, que tomem conta delas, porque estas usinas, ainda mais na minha muita querida França, podem dar muitos problemas...
Revolução Árabe, oba! São os países que mais desrespeitam os direitos humanos.
Obama no Brasil, legal... Obama bin laden já diziam...
Estranho eu não ter feito nenhuma ficção, sempre a faço, será que áries vai levar tudo consigo... sei lá...
parece
que algumas coisas, já ficam pra trás
eu já me encanto por novas coisas e consigo ter aquela visão de adulto, que achei que nunca ia ter, de não gostar de chocolate...
de sorrir pra críticas, dizia Hillary Clinton: You! =]
Então, um pouquinho menos de tristeza... talvez, vou ouvir um Mgmt e algo mais feliz, o que será feliz, quero uma arte, boa, das do Van Gogh, daqueles...
vou voar, se for legal, se o tempo estiver limpo, ou se for pra ver a Gávea!

sábado, 5 de março de 2011

fora do alcance

Damien contínuo pensante, sonhador que vive barrado nos seus sonhos terrenos. Sai pela manhã pensando no mundo seu, e encontra sua cidade cinza, pintada toscamente de cal e esquecida pelo Apolo. De tudo o que lhe seduz, nada esteve ao seu alcance, as vezes, em momentos rápidos.
De muito desconforto fugiu muito e encontrou serenidade algumas vezes, pegava seu cachorro e corria com ele, para os lugares mais afastados, mais solitários, mais cheios de vida natural, a vida em si, não uma extensão da máquina da cidade... Apesar de adorar a cidade também, só gostava quando era criança pois não lhe notavam. Com adolescência começou a complicar as coisas, tudo era mais fantástico, cada coisa meio banal, então queria ir além.
Pegou seu carro, vermelho, da cor da velocidade ou ímpeto que ninguém poderia lhe tirar. Guardou um certo dinheiro, encheu o tanque, e andou até meio tanque, para que pudesse ainda voltar... A princípio andou em linha reta mas acabou desviando e entrando e pequenas estradas terra mais interessantes, conhecendo alguns becos, encontrou algumas famílias estranhas pelo caminho, não queria tanto contato, queria mais solidão mesmo mas não evitava um contato casual porque assim o seria.
Dormiu na relva, sempre imaginava sexo num lugar assim, mas ficará para a próxima pelo jeito. E lá ficou a noite, olhando as estrelas, talvez planejando sua vida por um momento, fugindo dos padrões que lhe podiam chegar a vista na cidade, queria o alto. Porque tanto lhe incomodava, conseguia muitas vezes ser chato demais pra si mesmo. No entanto isso lhe incomodava menos do que suportar usar a mesma jaqueta azul em pano cru. Não sabia como tudo ficara tão fora de sua vontade, não sabia mais como não ficar o mais distante.
Dessa vez calava suas críticas por um instante e via o que seria você, por um minuto questionava o que iria além dele e dos outros, talvez seria algo comum. Mas o que tinha certeza é que chegara a conclusões do não queria mais, do que estava velho demais e usaria sua roupa tão excêntrica quanto ele mesmo por falta de alguém mais do que ele. Isso nunca achou que pudesse acontecer, parece que parara no tempo, ou parou em meio a algum delírio que não via mais o que as coisas se tornaram, talvez devesse vivenciar a lentidão de tudo...
A primeira coisa a fazer é, saber que pode voltar...