sábado, 11 de dezembro de 2010

sombras de árvores na minha janela à noite

Quando Renata saiu, esqueceu os documentos e beijou o espelho do banheiro com batom. Saiu com calça de couro marrom e deixou o rádio tocando o velho disco do the doors sem se importar...
Olhou para a calçada no caminho e viu toda quebrada combinando o concreto com o céu cinzento, parece que sempre estava nublado na vida dela há algum tempo. Ficou sem pensar quando chegou. Casa da sua vó que havia morrido há alguns anos e lhe ficou de herança, não morará mais com o namorado que a despreza/ama?...
A casa toda velha decorada constratava com seu jeito tão desleixado de ser e se vestir, a mobília toda elaborada sempre tão limpa agora cheia de bitucas de cigarro e cerveja derramada.
Lembraças, de algo, que não sabe o que é mais, muitos pedaços de papéis tentam lhe dizer alguma coisa, não sabe o que, não sabe o que fazer, mas sabe que não quer mais o mesmo.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Por desenho ou por desejo

João estava com o seu céu cinza.
E depois o mato tomou conta de tudo e transformou tudo em um grande caos, e os mosquitos lhe incomodavam a noite, e o calor úmido insuportável era o que ditava o dia.
Desceu as escadas e viu se tinha algo novo, nada, só o mesmo moleque de mochila que passava na sua rua sempre no mesmo horário. Que pena, esse moleque era intocável.
De repente pensou em dormir um pouco e acordar com um café frio, um cigarro que lhe bela dor de cabeça depois, alguém por favor administre a vida de João.
Foi para o bar imitar um amigo, pois não tão animado pra tanto, não conseguiu ficar lá, comprou bebida e saiu.
Foi para o centro da cidade, onde uma livraria lhe atraiu, leu até lhe dar mais dor de cabeça, olho em volta e as pessoas lhe viam a face cansada, ele ficou com vergonha.
Chegou em casa, comeu algo muito gorduroso, que lhe deu a preguiça necessária para poder dormir, alguma coisa que acho que era quase boa para ele.