domingo, 26 de setembro de 2010

E se eu não quiser parar de fumar

Todos sabem o peso de seus atos, todos sabem os males em fumar. Porém, fazemos todo tipo de coisa prejudicial a nós mesmos, fumamos, bebemos e achamos graça.
Graça, mas de graça, o contato com uma pessoa normalmente é livre de encargos financeiros, fora em caso de exploração de uma das partes. Já que não custa nada, então podemos começar uma conversa com uma pessoa qualquer assim que desejarmos. Mas, por que o fazemos? Não temos tudo que precisamos conosco? Oxigênio, carboidratos, proteínas, minerais, água, pai, mãe, irmão, vizinhos, um monte de gente mais ou menos conhecida, masturbação e ainda céu azul pra você relaxar sempre que quiser é só olhar para cima. Então isso parece ser um pouco do tudo ou até mais, ao mesmo tempo não é nada, é só um cenário, será?
Voltemos à... aquela pessoa interessante que você conversou no fim de semana e não via a hora de encontrar ela mais e mais vezes. Em um desses fins de semana aconteceu isso comigo ou todo dia, tá, todo dia seria um exagero, acho que tem dias que não nem comigo mesmo no espelho.
As vezes você conhece uma pessoa por muito tempo mas, não conhece bem ela, ou por mais que conheça ainda não se apaixonou por ela. Depois de um ou dois sorrisos, você sorri também só com um dos cantos da boca e olha pra baixo. Alguém te faz tão feliz por um segundo ou meia hora enquanto vocês estavam na fila do banco.
As coisas são mesmo lindas, criança não precisa nem ter dente pr
a ser uma gracinha, a magnífica meditação das árvores e por aí vai, só que fumamos, aspiramos fumaça e depois expiramos a fumaça e não fica nada.
Quis demonstrar como a gente se lança no vazio atrás de algo, talvez prazeres momentâneos. C
omo olhar ou conversar com alguém te fascina ou você deseja, mesmo que essa pessoa possa te machuca. Assim como experimentamos a sensação de fumar ou usar coisas bem mais correndo muitos perigos, pois é, porque vamos. Acho que é porque ficamos com a boca seca, necessitando de algo, de correr, de se molhar, de jogar.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

o que vem junto...

Vejo que há muitas críticas a bandas como Restart, Cine e afins como houve no passado a NX Zero e Simple Plan. Bem essas críticas vem justamente do meio do rock... Eu acho isso um cúmulo, pois essas bandas vêm preencher justamente um nicho não ocupado pelo rock maduro ou ortodoxo que critica os emos. O rock chega hoje num ponto de mediocridade ao querer pagar orgulho de certo estilo e tal... Eu que não gosto de metal e progressivo reconheço a intenção de ser lírico e elaborado ao contrário de pesado e sujo, sabe ainda é rock, e porque sentimentos não... Eu não gosto dessas bandas, mas são criticadas justamente pela sua fragilidade, nem todas essas bandas emo tem letras porcas, assim como alguns punks e grunges tem um lixo de letra.Bem, sabemos que os movimentos jovens sempre pregam a liberdade de expressão e de ação também... O rock sempre foi um meio de os jovens dizer isso, porém, hoje, o rock tá muito conservador. No enorme medo de não se contagiar com sei lá o que, é impostas muitas atitudes meio que contraditórias a idéia original, meio como se o rock só fosse feito para os fortes.
Bem como o pop que as vezes é mais ousado que o rock... e este despreza totalmente suas iniciativas por vai se saber porque... eu acho o movimento muito conservador...
É, um amigo me falou pra falar sobre a liberdade em si, mas, o rock assim como a música ainda não dá um passo tão grande em relação
a certos assuntos...
O rock está confinado a uma esfera da população assim como os outros estilos, e tipo parece que só depois de um certo tempo você percebe certas coisas, tem coisas que não adianta ficar criticando, tem que agir... bem, tentarei...

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

A quimera, o cachorro Kill e o patinho feio



O cachorro Kill é mais feliz quando vai pra casa da quimera. Apesar de ele estar sempre feliz, brincando, dormindo preguiçosamente todo o dia que ele tiver, ele realmente é feliz na casa da quimera.
Esse cachorro no entanto não é feio, tem uma pelugem alva, um belo físico, forte como um touro espanhol, um olhar sensível, aliás olhos verdes. Todos o acham bonito, todos adoram sua presença; sua família o acolhe e o amam. Mas de fato é que algo lhe falta, que deixa vazio, incompleto, amputado.
Apesar de ele ser adorado, ele desperta outro sentimento nas pessoas, o de medo. Sua truculência ora lhe conferindo carisma também gera estranheza, impacto. Todos o querem mas ninguém o "compra" por inteiro, apenas as suas faces mais belas, essas todos usam inadvertidamente, como num circo.
E a quimera?
A quimera é um animal da mesma espécie que a dele. Mas a quimera é mais, é um ser mitológico formado pela fusão de animais. Uma figura grotesca, pra lá de rude, mal humorada. E o Kill a visita e sente bem com ela. A quimera não tem tamanha admiração por ele, muitas vezes o acha patético até, a diferença é que o Kill não lhe causa estranheza, nem medo, nem tanto fascinação.
A casa da quimera, um lugar místico ou apenas lugar nenhum. Quando te perguntam "Onde você estava?" ou "Pra onde você vai?"; você simplesmente responde "Lugar nenhum", ou seja é na casa da quimera que você estava ou pra onde você vai. E ainda onde você mora, onde você dorme, seu país de origem ou casa dos seus avós.
Seguindo esse raciocínio o patinho feio é auto-explicativo, ou não? Pra deixar claro digamos que ele sempre pensou que era um pato estranho quando era na verdade um cisne, um belo cisne.
Há porém nessa história suas tensões. A partir do ponto de vista que ela é contada inteira, chegando ao final feliz, ao objetivo principal. Ninguém fala se o pato/cisne ficou drogado ou se acho os cisnes um tédio porque estava acostumado a ser pato.
Interessante comparar a história do tal pato com a do cachorro. A relatividade das coisas. A prática de tomar doses pontuais de felicidade para encarar o que se chama de sociedade, família, vida ou sobrevivência.
Ser criticado e ao mesmo tempo elogiado pelo Cazuza. Famosa, linda e drogada que nem a Marilyn Monroe. Tome conta de mim esta noite.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Carga tributária

Então, como vários motes da política brasileira, um deles é a
carga tributária, tipo aquela velha frase: "trabalhamos 4 ou 5 meses para pagar os impostos...
Aí de repente eu vejo essa notícia:

http://www1.folha.uol.com.br/mercado/792861-carga-tributaria-cai-para-336-do-pib-primeira-reducao-desde-2006.shtml

Então fico meio surpreso, porque sempre dizem que os impostos do Brasil estão cada vez pior, aí de repente vem uma notícia que eles baixaram como nunca mas, não foi por vontade da União, foi pelo contexto de crise econômica, bem, nesse mesmo site, explica que tem países com carga tributária igual ou bem maior do que a do Brasil e porque? Dizem por ter tradição socialista ou social-democrata... É estranho, mas, por mais falho que seja visão socialista, me simpatizo com ela. Ou seja, o estado mantenedor precisa de muito dinheiro para manter o povo...
Tá, aonde eu estou querendo chegar com isso?
Bem, é, que, bem como essa informação, recebemos muitas outras, críticas feitas ao país, ao governo a sociedade e que automaticamente aceitamos como verdadeiras. Nesse caso mesmo, falam pra nós que estamos pagando muito imposto, a nossa reação é negativa, afinal ninguém quer gastar seu dinheiro com o governo, que dizer, estou jogando meu dinheiro no lixo. Porém é fato, a pessoa contribui e usa pelo menos um mínimo do estado, agora a questão se é justo ou não é outra discussão, afinal ninguém quer imposto mas tão pouco o anarquismo, na verdade o que querem é o prato feito e depois reclamar que estava ruim, que seja.
Na verdade, o problema é, a análise desses como de tantos outros, no final das contas, carga tributária baixa ou alta são estilos de forma de governar, num quer dizer que é bom ou ruim então, esses dados exposto de forma tendenciosa podem confundir facilmente as pessoas.
A título de comparação, o Brasil tem uma carga tributária maior do que o México, a Índia e a China que são países emergentes, agora já a Rússia, outro emergente, já tem um valor parecido com o do Brasil, então onde está a regra, tem regra? Vai ver não seja simples assim apenas. Canadá tem uma taxação alta, Estados Unidos - baixa. Poucos países desenvolvidos tem taxação baixa, o Estados Unidos parece ser uma exceção. Então, parece que o Brasil é mais socialista do que pensam o galera de São Paulo eleitores do PSDB, é, possível ver isso na eleições, o negócio das promessas extremas do tipo: "vou levar seus filhos para escola", o estado "mamãe (*-*)". As vezes tudo é direita, tudo é esquerda no Brasil então. E o mundo mesmo, os países mais desenvolvidos com eles mesmo são extremamente socialistas (Dinamarca 50% de taxação) e capitalista com o resto do mundo.
Acho que há muitas ilusões nesse muito mundo, o capitalismo não é tão puro nem o socialismo, né. Parece a briga dos dois por tédio...
Ainda pra completar, vejo uma matéria sobre ciganos que são descritos como o povo mais anarquista do mundo (então o sonho é realidade, será).
Sei lá, as pessoas têm vergonha de conversar sobre política e economia, mas eu vo colocar uma imagem vulgar aqui:
Desculpe se ofendi alguém, podia ter colocado a foto dum cachorrinho lugar =), deixa pra outra oportunidade.