domingo, 25 de julho de 2010

solidão agressiva

Quando às sete horas da noite eu simplesmente não consigo ficar sozinho, não consigo respirar por mim só, preciso da noite, das pessoas, das luzes da cidade, da madrugada, da fumaça dos carros, do seu suspiro de desesperança.
Isso pode se tornar na melhor coisa possível ou numas das piores torturas nazistas ou chinesa...
Tipo, vida Cazuza, triste e injusta, cinza...
Aí você sai e fuma um cigarro numa esquina, e melhor na manhã, que você ouve Ella Fitzgerald e Ray Charles, lembrando da época que tudo era leonino (não tão bom assim).
Pensa, quando você está somente com a companhia dos seus antigos inimigos, algo está estranho, quando todos estão ocupados demais, altos demais, e você escuro e no fim de uma longa fila burocrática e impetuosa, isso bom, bom pra sentir a impetuosidade da vida, quando você pensa que não, que tudo é morno, ah é.
Legal, antes reclamavam de você reclamar, agora, vá ao ponto que estou com pressa.
Acho que talvez que isso seja tão desnecessário quando a emoção passada pela Ellla Fitzgerald ou pelo Tim Maia, pra você que não gosta, ótimo, compre um coração em 36 vezes.
Bem, o que poderia lembrar do mundo e universal numa hora dessas...
Tibet, deserto do Saara, que problemas será que eles tem por lá, qual o meu vínculo perdido com a sociedade, que deixa com todo esse tempo vago para pirar e se dedicar a arte de se entediar, se eu tivesse trabalho estaria pior (conveniente pra mim e para os artista que são mantidos pelos mecenas). Mas, que trabalha, árduo, bonito, singelo, religiosamente, é uma coisa, simplesmente não difere de pedir nas ruas, tão enfadonho e nobre quanto.
Me dê mais um cigarro e um pouco de café pela manhã, pois é na manhã que você não se incomoda de fumar sozinho, você até esquece que faz, tudo é eterno de manhã. Apesar que eu já ouvir falar de taxas elevadas de suicídio pela manhã, talvez se tenha tranqüilidade até para morrer.
Bem acho que este desespero todo me deixa mais a vontade para falar das dúvidas daqueles caras lá, os humanos: o universo em expansão,...
...o engraçado foi que eu achei isto pesquisando sobre o suicídio, que me levou ao sentido da vida e que me levou ao universo em expansão (eu disse que era tenso).
Bem, saí pra fumar, perdi o ponto, deixa pra depois...

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