sábado, 11 de dezembro de 2010

sombras de árvores na minha janela à noite

Quando Renata saiu, esqueceu os documentos e beijou o espelho do banheiro com batom. Saiu com calça de couro marrom e deixou o rádio tocando o velho disco do the doors sem se importar...
Olhou para a calçada no caminho e viu toda quebrada combinando o concreto com o céu cinzento, parece que sempre estava nublado na vida dela há algum tempo. Ficou sem pensar quando chegou. Casa da sua vó que havia morrido há alguns anos e lhe ficou de herança, não morará mais com o namorado que a despreza/ama?...
A casa toda velha decorada constratava com seu jeito tão desleixado de ser e se vestir, a mobília toda elaborada sempre tão limpa agora cheia de bitucas de cigarro e cerveja derramada.
Lembraças, de algo, que não sabe o que é mais, muitos pedaços de papéis tentam lhe dizer alguma coisa, não sabe o que, não sabe o que fazer, mas sabe que não quer mais o mesmo.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Por desenho ou por desejo

João estava com o seu céu cinza.
E depois o mato tomou conta de tudo e transformou tudo em um grande caos, e os mosquitos lhe incomodavam a noite, e o calor úmido insuportável era o que ditava o dia.
Desceu as escadas e viu se tinha algo novo, nada, só o mesmo moleque de mochila que passava na sua rua sempre no mesmo horário. Que pena, esse moleque era intocável.
De repente pensou em dormir um pouco e acordar com um café frio, um cigarro que lhe bela dor de cabeça depois, alguém por favor administre a vida de João.
Foi para o bar imitar um amigo, pois não tão animado pra tanto, não conseguiu ficar lá, comprou bebida e saiu.
Foi para o centro da cidade, onde uma livraria lhe atraiu, leu até lhe dar mais dor de cabeça, olho em volta e as pessoas lhe viam a face cansada, ele ficou com vergonha.
Chegou em casa, comeu algo muito gorduroso, que lhe deu a preguiça necessária para poder dormir, alguma coisa que acho que era quase boa para ele.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Tendências bordeline

Está geração que está acostumada com a palavra "tensa" e acostumada também a criticar tudo se auto-criticar (maldita revisão ortográfica eu não tenho certeza de mais nada).
Bem, eu, garoto que nasceu no obscuro anos 80, viveu a infância no auto-destrutivo e misantropo anos 90, e o recente despersonalizado e invisível anos 2000, tudo transparente, matrix, (o que é real?)... bem, eu, tendo a me identificar com doenças mentais...
Bordeline, transtorno da personalidade limítrofe, ou seja, personalidade extrema. Sentimentos extremos, sentimento de ser amado ou ser odiado de maneira extrema, será que isso não é só o signo de áries, o ascendente peixes ou a lua sagitário, os três bem dramáticos. É legal ter a vida nesse drama, talvez sirva de inspiração para alguma criação artística, aliás não tem muitos motivos pra fugir dos momentos dramáticos e torturantes de alguém que já está acostumado com isso, a viver no limite, mesmo que não tenha em si o transtorno mental tal. Como dizia K. Cobain, "Sinto falta do conforto de estar triste". Parece e as coisas não vão mudar, ou revolucionar como a gente espera porque simplesmente não vai, não vamos sentir ou nunca precisou mudar, éramos nós que estávamos sempre obscuros. Mas eu acho que as emoções são válidas, você dizer que a pessoa está doente, não quer dizer que ela também não possa está triste com alguma coisa. Deixar ela seguir o caminho mais ridículo que ela possa seguir mesmo, o pior que ela possa fazer vai ser balizado naturalmente pela sociedade ou pelas leis naturais. É interessante olhar essas tendências extremas e o horror das pessoas a isso.
É estranho porque todos tem que estar concertados, é interessante a velhice que nem a beleza e nem a simpatia são exigidas, algumas coisas simplesmente não funcionam, são negras, são desiludidas até aqui, depois talvez não, mas, a partir disto...
Vou deixar assim mesmo.

domingo, 7 de novembro de 2010

Panfletagem num bar...

Todos sentem um enorme peso do cotidiano ou do dia de trabalho e vão pro bar, beber um pouquinho, relaxar ficarem legais.
O Virtuoso, ele chega no bar, como se tudo fosse, paga suas contas em dia, tem dinheiro pra beber muito com os amigos. Chama todos os colegas de trabalho pro bar, ele tem dinheiro pra tudo mas não seria justo ficar pagando pro outros. Tudo ótimo, as pessoas sentem-se privilegiados estar com você, até pagariam pra ficar com você, se estenderiam no chão pra você pisar. E você acha isso o mínimo, o básico, lutou muito pra conquistar esses fãs, esse estilo de vida, que você apenas vê como um homem de família que é respeitado na sociedade. Sabe que é um trabalho árduo isso. Então você despreza que não tem o mesmo objetivo de vida. Quando alguém passa na rua de carro e te fecha você o xinga pra caramba, por dois motivos, porque você tem que mostrar respeito, que é mais forte ou corajoso que o outro e também porque você adoraria acabar com a raça de alguém, a violência de excita, te anima, lhe dar prazer, tem uma raiva incontida, vai saber dá onde que vem né, sua vida é perfeita, graças a seu esforço, moralidade e tal.
Aliás, ele tem o hábito de maltratar todos, filhos, pais, mulher, pessoas na rua, nossa que raiva né, é porque você num pode deixar que as coisas saiam do seu eixo. Você é assiste todos e sempre procura o melhor pra todo mundo que está na sua visão, que é tão limitada oras... O mundo anda tão perdido e você não tem noção porque, é confuso, porque as pessoas simplesmente não trabalham, não decentes neh. Você deu duro pra estudar, tá certo que você ficava triste quando seu pai não deixava você ir com a caminhonete pra escola mas, você reclamava? Às vezes, mas não deixava se abater, sua quinta namorada do colégio te deu forças pra você se formar e depois ir pra faculdade de administração e casou com ela e seu dote... É isso que você que o povo entenda, crie uma família, faças as coisas certas... A família, é uma coisa muito importante, lógico, ela fica entra o bar e o trabalho, peça chave. E igreja, sem ela talvez você teria largado sua mulher pra ficar com a Dolores, o que seria de você sem os conselhos do pastor.
o ruim que sempre tem aquele povo mal encarado que critica pessoas da sua estirpe, esses não valores nenhum... Todo tipo de vagabundo que fica na rua, ladrões, prostitutas, travestis, drogados, se você num fosse tão paciente, acaba com a raça deles a menor provocação. Como o destino pode criar situações engraçadas neh.
E seu filho, o que ele faz? Joga futebol... E no meio desse tempo? Pensa em futebol... E quando ele está chateado? Lhe dou um caro presente... É isso neh, porque ele não idade pra pensar em mulher e nem nos estudos e trabalho, ele é tão loiro e ocidental né...
Esse foi um breve relato do Virtuoso, ele é melhor do que isso ainda, tem tempo pra viver pra ficar extraordinário, pessoas assim são eleitas a alto cargos, já ele de jatinho e seguranças, só um sonho da mãe dele. Ela ainda é do tempo que pra pessoa subir na vida tem que literalmente subir, morar num sobrado ou na cobertura do belo edifício mil reais o metro quadrado. Cultura? As filhas são responsáveis por isso... Mulher não tem o que fazer mesmo, por isso elas pintam quadros, bordam, essas coisas... Uma ou outra revolta duma maneira e querem trabalhar que nem homem... Mas o Virtuoso acha que um homem tem que sustentar uma mulher e lhe dar todo tipo de luxo e diversão pra ela fique em casa, com os filhos, os filhos em casa também, ele no bar, no futebol, no clube, na casa noturna, como o mundo é grande pra ele...
E eis que chega roda viva e muda seu país pra um regime comunista,
Estranho foi pra ele...
Então, juntou tudo e fugiu, de maneira heróica pra uma ditadura capitalista dum país logo ali, onde os homens são sérios e não repartem nada. Digamos que no seu país ficaram os homens que tinham a raiva dominado seu ser que não é caso do Virtuoso...
Bem, às vezes num faz diferença mudar o cenário...
Pessoas podem ser felizes, acho que a sobrevivência e a felicidade às vezes matam muita gente... Só são pra alguns ou são dada forma desejada a quem lhes compra.
E a galera do bar riu, quando a velha gritou palavras de ordem no bar e disse que seu país estava perto a ter uma revolução, mas eis que chega roda viva...

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

virei uma dose

Virei uma dose depois de várias e não tenho noção de muita coisa. Confesso que fiquei com medo quando olhei pra aquele copo de puro destilado, achei que pudesse cair ou andar de um lado pro outro. Mas não sei se pior ou melhor estou consciente e tenho que passar isso de maneira integral e é muito estranho porque pra mim é como se nada fosse importante. engoli a comida do jeito que vi no prato, não sei o gosto ou se estava muito quente, eu sei que devia comer e não falar com ninguém, agora é 21:20 e devo sair...
Em que mundo estou... Ah, hoje é aniversário do Franslei, parabéns...

domingo, 31 de outubro de 2010

meia dose de whisky

Sair agitado com a tortura de não poder torturar ninguém, completamente. Ia escrever de algo que não consigo me lembrar de jeito nenhum, só como é fácil apagar algumas lembranças momentâneas com uma dose de algum destilado.
Vejo os carros passando... não estou vendo nada muito certo...
Conforme o nível do líquido vai descendo no copo, minha dor de cabeça diminui também e me importo menos com o que não está acontecendo mas, queria que estivesse de outro jeito, não precisando de gosto amargo na minha boca.
Devia escrever mais e mais criativo mas nem sei porque estou escrevendo e porque não estou, realmente giovane, ouvir the xx para escrever é muito bom. Realmente às vezes sou muito auto-destrutivo, cara pra que mudar os acentos das palavras, ridículos, fico sempre em dúvida com esse negócio.
Então, ele tem 52 anos e bebe sem parar, já faz uns cinco anos que esqueceu o queria esquecer mas sabe que tem que continuar bebendo pra não lembrar. O que ele tem que esquecer? Esquecer que ama muito algumas pessoas, que ama muito tudo, as luzes, a cidade, os cavalos mas, ele foi morar numa torre a 500m do chão, onde vê as coisas muito pequenas e deslumbrado, mesmo assim, teve que começar a beber demais porque às vezes pela manhã, sentia tanto prazer em tudo que queria se jogar da torre. Dedicou sua vida a pintar quadros das coisas mais abstratas possíveis e bebia muito para não deixar se levar pelo deslumbra de tudo.
Assim, foi. Fazia sexo de vez em quando, ia pra alguma cidade distante onde não te conhecesse e pegava garotinhos, estilo de vida dos gregos e do oscar wilde. Essa gente aí é doente e muito talentosa e competente também, footsteps on the dancefloor. Ainda bem que não dá pra sentir o cheiro de álcool nos quadros ou ver o sangue de suicídio em algumas músicas. Porque aquele garçom que trabalha meia noite no mc donalds tem os olhos vermelhos demais e está sempre enérgico, não sei, talvez esteja chorando por ser vegetariano e trabalhe lá ou esteja cheirando muito...
Tá estranho, tô estranho, não quero falar do que me incomoda, vo falar disso aê mesmo.
É, todas as noites sentindo uma bela de uma angústia, ainda bem que sempre romantizei a decadência senão ia pensar que estava regredindo, sei lá, ordem dos fatores, acho que às vezes penso de maneira bem pessimista, bem positiva, bem coerente com a relva comida pelo cavalo no cair da noite.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Amor de plástico

Camila, estudante de direito tardia, 25 anos, eis que deixa o quarto de hotel, vestida com uma peruca sintética azul anil, cobrindo seu cabelo comportado médio e preto. Ela vai para balada selvagem como outra mulher, alguém impossível de existir para quem a conhecesse, com seu jeito rígido, austero e autoritário. Desse maneira, ninguém poderia imaginar que ela poderia se render aos encantos de diversão gratuita nos modismos casuais urbanos. Bem, a justificativa seria ela estar longe de sua casa, de sua cidade. A pretexto de visitar certa metrópole, pode descansar um pouco de sua vida e curtir identidade anônima. De táxi, ela se dirige a uma balada psicoativos e libertinagem, prefere descer algumas ruas antes e seguir o caminho a pé, que ser o mais solitária e livre possível.
Apesar de sempre querer melhorar sua imagem perante os outros, é certo que a pessoa mais exigente consigo era ela mesmo. Fugindo de sua vida, fugia dela mesmo e não via a hora disso. Seu moralismo, valores, etiqueta e ética nesse momento pressionavam mais ainda pela vida selvagem de qualquer beco escuro.
Chegou no bar, escuro e cheio de fumaça de cigarro e uma banda muito barulhenta tocando ao lado. Tudo parecia improvisado ou propositalmente improvisado lá. Sentou no balcão e pediu uma vodka, queria sem gelo, mais com gelo mesmo. Matou esta dose depois de uns 15 minutos decorridos entre alguns garotões tentarem a sorte com ela. Bem, mas essa noite ela não queria ninguém com barba e nem que lembrasse de longe terno, igreja ou família. Agora sua vodka vem com suco de morango e encosta um garoto que pelo visual quase andrógeno diminua sua idade que não muito distante da idade dela.
Deu uns amassos dele no final da noite e fez um sexo possível para o local...
Bem, Camargo, adorava sua boneca inflável. Poderia fazer o que quisesse com ela. Porém o mais fascinante era a praticidade da tal, depois de usá-la, dobrava, amassava, apertava em qualquer local e a escondia ou apenas guardava e não a via, só quando queria. Para ele uma pessoa que o satisfizesse-o por completo deveria ser tratado com um objeto, por isso mesmo ele usava um objeto para vontades lúdicas. Esse desprezo, pode até satisfazer algumas pessoas. Bem, sua namorada era muito bem tratada, eram um casal formal, presente e responsáveis um para o outro. Interessante a mente desse rapaz que possuía um boneca de plástico, não combina com sua vida, orgulho, status, visual, pele, cabelo. Essas coisas pervertidas são coisas de maduros a partir dos quarenta, que não estão mais nem aí pra nada e com muito libido ainda. É, pelo menos é o que era pra ser?
Estranho é esse sentimento de plástico (atual, compacto, adaptável). Bem conveniente para poucas situações, para amantes, para motéis no fim da tarde, ou simplesmente para sua mulher de 20 anos de casados que você nem sabe mais porque ela ainda está do seu lado como se entendesse alguma coisa sobre você. Como é fácil resolver as coisas neste exato momento, com um sorvete ou com uma cerveja, um sexo oral até para os mais ousados ou com problemas maiores.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Coração pula uma batida,

Olá, Deco, eis que tem chegado ao local mais vazio da cidade, uma velha fábrica abandonada, a poeira cobre tudo, as vezes te dificulta a respiração.
Mas diga antes o que aconteceu antes, fale do que acontece fora daí e dentro de você... De repente você está parado no intervalo do colégio, você tem 15 anos e sua vida não tem nada de trágico, tão pouco é brilhante; sem perceber como, num momento o sol te ofusca e você vê alguém se aproximando e você se paralisa nesse momento e por um segundo perde sua vida. Volta garoto, ela passou direto por você, melhor, você não saberia o que dizer, mas não controla a imensa vontade de que gostasse de que isso acontecesse, que fosse muito bom e fácil. E seus olhos são ofuscados mais e mais, o sol que começa a incomodar e lhe dar dor de cabeça. Entre os raios do sol vê os garotos correndo e meninas sorrindo e jogando o cabelo de um lado para o outro. Perde o ar, um segundo, tem vontade de mergulhar no chão que você olha e pensa que deveria ser um lago no qual você mergulharia só para se esconder ou se afogar só para doer e punir a si mesmo pela inércia. Sua dor de cabeça agora te faz menos ainda querer fazer qualquer coisa, tomar alguma decisão, está jogado num ponto da terra, sendo esmagado pela gravidade. Pensou nisso, Deco, e não sabia se havia mesmo vivido isto ou era algo que simboliza o esquema básico da sua vida.
Volta sua consciência, e sua enorme vida, visão de si mesmo. Devia mesmo procurar alguma pessoa para se relacionar, alguém fácil, que não criasse vínculos, fosse totalmente promíscua ou somente naquele momento e transformasse você no mesmo. Poderia ter sexo rápido né, isso porém não resolveria nada.
Outro insight, vê um gramado iluminado pelo sol também, várias pessoas conversando ao seu redor, rindo né, também. Deco, Deco, pensa, ele vê as pessoas, ou aquela pessoa, e de repente vê seu corpo por debaixo de sua roupa e ainda vê que sorri para você, agora você fica eufórico, ué, mas você não pode fazer nada ali e não com esta pessoa, droga! Uma sensação amarga domina seu corpo nesse momento, o seu desejo te pressiona junto com o sol aquecendo seu corpo. Mas não é só o sexo que te incomoda neste momento, é tudo. Tá, mas isso tudo passa despercebido no meio da conversa. Só que no meio da conversa te perguntam se o cabelo de alguém é bonito, você pensa eu sei lá gigantesco e responde sim com um sorriso derramado e com os olhos brilhando. É cara, você acha que seus desejos não transpareceriam no seu rosto, por um acaso, acho que o fato de ser sua opinião te deixou ativo no momento. Ação é uma coisa que pouco conhece.
E você, corre Deco, está atrasado pra qualquer porra que você tenha que fazer, você sempre está e se não estiver, vai aproveitar o tempo para ficar atrasado. Que tanta coisa você arranja para fazer que não pode ficar mais tempo com a Sofia e com o Pablo. Hmm Sofia, hmmmm Pablo, que sol no meu olho de novo. Porque eu tenho que fazer coisas tipo, dormir. Pior, não tenho como não dormir, posso dormir com você (haha, sorrindo, sozinho). Algum dia, com alguém, num sei quando.
Como estou rodando, num devo está enxergando direito e vendo o que é mesmo o que acontece na minha vida. Olhos ardem, não sei se é o sol, sol, sol, eh eh, eh eh, ou é o choro de estar com você. Quantas vezes meus olhos não arderam com você. Quantas vezes já voltei molhado da chuva pra casa.
Então Deco, chegou no, digamos, seu esconderijo. Tem um projeto de alguém dentro de você ou de se dedicar a um amor, de convencer alguém que não acredita no seu amor. Quando voltar pra casa ele vai ser roubado e levar alguns socos no estômago e no rosto, talvez ele só tenha apanhado pela tristeza que transparecia sua beleza e incomodava os assaltantes, quem sabe o excitavam.

domingo, 26 de setembro de 2010

E se eu não quiser parar de fumar

Todos sabem o peso de seus atos, todos sabem os males em fumar. Porém, fazemos todo tipo de coisa prejudicial a nós mesmos, fumamos, bebemos e achamos graça.
Graça, mas de graça, o contato com uma pessoa normalmente é livre de encargos financeiros, fora em caso de exploração de uma das partes. Já que não custa nada, então podemos começar uma conversa com uma pessoa qualquer assim que desejarmos. Mas, por que o fazemos? Não temos tudo que precisamos conosco? Oxigênio, carboidratos, proteínas, minerais, água, pai, mãe, irmão, vizinhos, um monte de gente mais ou menos conhecida, masturbação e ainda céu azul pra você relaxar sempre que quiser é só olhar para cima. Então isso parece ser um pouco do tudo ou até mais, ao mesmo tempo não é nada, é só um cenário, será?
Voltemos à... aquela pessoa interessante que você conversou no fim de semana e não via a hora de encontrar ela mais e mais vezes. Em um desses fins de semana aconteceu isso comigo ou todo dia, tá, todo dia seria um exagero, acho que tem dias que não nem comigo mesmo no espelho.
As vezes você conhece uma pessoa por muito tempo mas, não conhece bem ela, ou por mais que conheça ainda não se apaixonou por ela. Depois de um ou dois sorrisos, você sorri também só com um dos cantos da boca e olha pra baixo. Alguém te faz tão feliz por um segundo ou meia hora enquanto vocês estavam na fila do banco.
As coisas são mesmo lindas, criança não precisa nem ter dente pr
a ser uma gracinha, a magnífica meditação das árvores e por aí vai, só que fumamos, aspiramos fumaça e depois expiramos a fumaça e não fica nada.
Quis demonstrar como a gente se lança no vazio atrás de algo, talvez prazeres momentâneos. C
omo olhar ou conversar com alguém te fascina ou você deseja, mesmo que essa pessoa possa te machuca. Assim como experimentamos a sensação de fumar ou usar coisas bem mais correndo muitos perigos, pois é, porque vamos. Acho que é porque ficamos com a boca seca, necessitando de algo, de correr, de se molhar, de jogar.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

o que vem junto...

Vejo que há muitas críticas a bandas como Restart, Cine e afins como houve no passado a NX Zero e Simple Plan. Bem essas críticas vem justamente do meio do rock... Eu acho isso um cúmulo, pois essas bandas vêm preencher justamente um nicho não ocupado pelo rock maduro ou ortodoxo que critica os emos. O rock chega hoje num ponto de mediocridade ao querer pagar orgulho de certo estilo e tal... Eu que não gosto de metal e progressivo reconheço a intenção de ser lírico e elaborado ao contrário de pesado e sujo, sabe ainda é rock, e porque sentimentos não... Eu não gosto dessas bandas, mas são criticadas justamente pela sua fragilidade, nem todas essas bandas emo tem letras porcas, assim como alguns punks e grunges tem um lixo de letra.Bem, sabemos que os movimentos jovens sempre pregam a liberdade de expressão e de ação também... O rock sempre foi um meio de os jovens dizer isso, porém, hoje, o rock tá muito conservador. No enorme medo de não se contagiar com sei lá o que, é impostas muitas atitudes meio que contraditórias a idéia original, meio como se o rock só fosse feito para os fortes.
Bem como o pop que as vezes é mais ousado que o rock... e este despreza totalmente suas iniciativas por vai se saber porque... eu acho o movimento muito conservador...
É, um amigo me falou pra falar sobre a liberdade em si, mas, o rock assim como a música ainda não dá um passo tão grande em relação
a certos assuntos...
O rock está confinado a uma esfera da população assim como os outros estilos, e tipo parece que só depois de um certo tempo você percebe certas coisas, tem coisas que não adianta ficar criticando, tem que agir... bem, tentarei...

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

A quimera, o cachorro Kill e o patinho feio



O cachorro Kill é mais feliz quando vai pra casa da quimera. Apesar de ele estar sempre feliz, brincando, dormindo preguiçosamente todo o dia que ele tiver, ele realmente é feliz na casa da quimera.
Esse cachorro no entanto não é feio, tem uma pelugem alva, um belo físico, forte como um touro espanhol, um olhar sensível, aliás olhos verdes. Todos o acham bonito, todos adoram sua presença; sua família o acolhe e o amam. Mas de fato é que algo lhe falta, que deixa vazio, incompleto, amputado.
Apesar de ele ser adorado, ele desperta outro sentimento nas pessoas, o de medo. Sua truculência ora lhe conferindo carisma também gera estranheza, impacto. Todos o querem mas ninguém o "compra" por inteiro, apenas as suas faces mais belas, essas todos usam inadvertidamente, como num circo.
E a quimera?
A quimera é um animal da mesma espécie que a dele. Mas a quimera é mais, é um ser mitológico formado pela fusão de animais. Uma figura grotesca, pra lá de rude, mal humorada. E o Kill a visita e sente bem com ela. A quimera não tem tamanha admiração por ele, muitas vezes o acha patético até, a diferença é que o Kill não lhe causa estranheza, nem medo, nem tanto fascinação.
A casa da quimera, um lugar místico ou apenas lugar nenhum. Quando te perguntam "Onde você estava?" ou "Pra onde você vai?"; você simplesmente responde "Lugar nenhum", ou seja é na casa da quimera que você estava ou pra onde você vai. E ainda onde você mora, onde você dorme, seu país de origem ou casa dos seus avós.
Seguindo esse raciocínio o patinho feio é auto-explicativo, ou não? Pra deixar claro digamos que ele sempre pensou que era um pato estranho quando era na verdade um cisne, um belo cisne.
Há porém nessa história suas tensões. A partir do ponto de vista que ela é contada inteira, chegando ao final feliz, ao objetivo principal. Ninguém fala se o pato/cisne ficou drogado ou se acho os cisnes um tédio porque estava acostumado a ser pato.
Interessante comparar a história do tal pato com a do cachorro. A relatividade das coisas. A prática de tomar doses pontuais de felicidade para encarar o que se chama de sociedade, família, vida ou sobrevivência.
Ser criticado e ao mesmo tempo elogiado pelo Cazuza. Famosa, linda e drogada que nem a Marilyn Monroe. Tome conta de mim esta noite.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Carga tributária

Então, como vários motes da política brasileira, um deles é a
carga tributária, tipo aquela velha frase: "trabalhamos 4 ou 5 meses para pagar os impostos...
Aí de repente eu vejo essa notícia:

http://www1.folha.uol.com.br/mercado/792861-carga-tributaria-cai-para-336-do-pib-primeira-reducao-desde-2006.shtml

Então fico meio surpreso, porque sempre dizem que os impostos do Brasil estão cada vez pior, aí de repente vem uma notícia que eles baixaram como nunca mas, não foi por vontade da União, foi pelo contexto de crise econômica, bem, nesse mesmo site, explica que tem países com carga tributária igual ou bem maior do que a do Brasil e porque? Dizem por ter tradição socialista ou social-democrata... É estranho, mas, por mais falho que seja visão socialista, me simpatizo com ela. Ou seja, o estado mantenedor precisa de muito dinheiro para manter o povo...
Tá, aonde eu estou querendo chegar com isso?
Bem, é, que, bem como essa informação, recebemos muitas outras, críticas feitas ao país, ao governo a sociedade e que automaticamente aceitamos como verdadeiras. Nesse caso mesmo, falam pra nós que estamos pagando muito imposto, a nossa reação é negativa, afinal ninguém quer gastar seu dinheiro com o governo, que dizer, estou jogando meu dinheiro no lixo. Porém é fato, a pessoa contribui e usa pelo menos um mínimo do estado, agora a questão se é justo ou não é outra discussão, afinal ninguém quer imposto mas tão pouco o anarquismo, na verdade o que querem é o prato feito e depois reclamar que estava ruim, que seja.
Na verdade, o problema é, a análise desses como de tantos outros, no final das contas, carga tributária baixa ou alta são estilos de forma de governar, num quer dizer que é bom ou ruim então, esses dados exposto de forma tendenciosa podem confundir facilmente as pessoas.
A título de comparação, o Brasil tem uma carga tributária maior do que o México, a Índia e a China que são países emergentes, agora já a Rússia, outro emergente, já tem um valor parecido com o do Brasil, então onde está a regra, tem regra? Vai ver não seja simples assim apenas. Canadá tem uma taxação alta, Estados Unidos - baixa. Poucos países desenvolvidos tem taxação baixa, o Estados Unidos parece ser uma exceção. Então, parece que o Brasil é mais socialista do que pensam o galera de São Paulo eleitores do PSDB, é, possível ver isso na eleições, o negócio das promessas extremas do tipo: "vou levar seus filhos para escola", o estado "mamãe (*-*)". As vezes tudo é direita, tudo é esquerda no Brasil então. E o mundo mesmo, os países mais desenvolvidos com eles mesmo são extremamente socialistas (Dinamarca 50% de taxação) e capitalista com o resto do mundo.
Acho que há muitas ilusões nesse muito mundo, o capitalismo não é tão puro nem o socialismo, né. Parece a briga dos dois por tédio...
Ainda pra completar, vejo uma matéria sobre ciganos que são descritos como o povo mais anarquista do mundo (então o sonho é realidade, será).
Sei lá, as pessoas têm vergonha de conversar sobre política e economia, mas eu vo colocar uma imagem vulgar aqui:
Desculpe se ofendi alguém, podia ter colocado a foto dum cachorrinho lugar =), deixa pra outra oportunidade.

sábado, 21 de agosto de 2010

Daft Punk sobre gravadoras e dinheiro


The band signed with Virgin Records in September 1996 and made a deal through which they licensed their tracks to the major label through their production company, Daft Trax.[1][6] Bangalter spoke of the duo's decision to sign with Virgin:
Many record companies offered us deals. They came from everywhere, but we decided to wait--partly because we didn't want to lose control of what we had created. We turned down many record companies. We weren't interested in the money, so we turned down labels that were looking for more control than we were willing to give up. In reality, we're more like partners with Virgin.[11]
In regards to the artistic control and freedom, Bangalter stated:
We've got much more control than money. You can't get everything. We live in a society where money is what people want, so they can't get the control. We chose. Control is freedom. People say we're control freaks, but control is controlling your destiny without controlling other people. We're not trying to manipulate other people, just controlling what we do ourselves. Controlling what we do is being free. People should stop thinking that an artist that controls what he does is a bad thing. A lot of artists today are just victims, not having control, and they're not free. And that's pathetic. If you start being dependent on money, then money has to reach a point to fit your expenses.[11]

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Atemporal.

Viajando, perdido neste exato momento eu posso fugir, finalmente, pode não existir nada além desse momento, só o depois disso e o antes.
Não preciso ser eu, posso me inventar e encontrar outras almas livres que renunciam a si mesmo neste exato momento. Você está em todo lugar mas em nenhum lugar, a sua existência não é válida, só existida, não assistida.
Apenas seu corpo necessita de sobrevivência, de alimento, de tudo o que o corpo deseja. Se a mente fica livre e seu corpo se diverte a pleno ar de liberdade quase ou já selvagem.
Este raro momento não pode ser destruído agora mas tem um tempo certo para acabar e não durará muito, irá embora de repente, pode ser que adormeça de tão relaxado que estará, um dor de cabeça pode vir depois que acorde.
Não é um sonho, não é o agradável. É carnal e impressionante sendo tediante, inevitável e automático.
Você vê, você vive pela primeira vez, desde quando você não falava, ou andava ou morria. Ao contrário da vida, quanto mais vivia, vivo estava. Menos sorria, menos agia, menos guardava, menos planejava, menos acontecia. Você ouvia, mordia, reagia, protegia, era atacado e desgostado, pouco sentia.
Agora isto está perdido no espaço e tempo é apenas um outro dia.
Imagem:  The Bohemian, William Adolphe Bouguereau.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

melhor parar

Filosofia minha que consiste em tentar deduzir algo qual o momento ideal para abandonar algo. Lógico que eu não sou a melhor pessoa para decidir isso, até porque eu tenho interesse no caso mas, meio conveniente para os outros verem até onde isso vai, adoro fazer essa desfeita, deixar de me expressar.
Ignorância minha, pode ser. O ruim é que meus defeitos são a últimas coisas que tento corrigir, parece que acaba virando um ítem a mais de orgulho, uma característica que pelo menos isso as outras pessoas conseguem reparar. Não faço isso com boa ou má vontade nenhuma, também não consigo julgar isso, o que interessa pra mim é até onde os outros querem, até onde pretendem sugar minha alma, mudar meu pensamento, pra mim tanto até aonde você tem interesse.
Então, se querem avançar, se querem combater, eu me recuso quando vejo que jogam sujo, que não exprimem o que pensam, suas melhores armas, enquanto eu só sei me jogar por inteiro.
Então, só isso. desisti

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Hoje de manhã e escrito a tarde

Bem, vou comentar desses dias, ou do momento...
Dias, até que médios, não tendo muito altos e nem baixos, no mundo não tenho idéia do que acontece, no fim de semana todo mundo bêbado.
Algo de quebra de ritmo, o filme "As Horas", é do tipo, once in a lifetime, (queria saber dizer isso em francês)... Nesse filme há suicídio, lesbianismo, niilismo talvez, uma coisa que deixa chocado o bastante que parece que nunca mais vai dizer uma palavra na sua vida, até que você diz qualquer coisa só pra saber que você ainda está falando.
Conflitos, conflitos de existenciais, de ordem moral e ética. Estava pensando, até vão meus compromissos, até onde vai o sentimentalismo barato, vemos que quanta mais a relação entre duas pessoas fica forte menos evidências de sentimentos parecem aparecer, sentimos a necessidade de não demonstrar mais nada e permanecer.
A noite tudo fica mais intenso mas as vezes você quer tudo de menos, você não pensa mais, só sente sua cabeça doendo cada vez mais e bebe mais um pouco e fuma mais um pouco e dói mais um pouco e fica mais louco e mais impulsivo e vê que necessita de muitas coisas ou que deseja e depois já não quer mais nada.
Eu preciso ler mais, faz tempo que só leio wikipédia, quero algo consistente, literatura alemã ou francesa mas as vezes penso se não sou pedante por não ter lido aí.
E depois de tudo fico pensando se antes acha as coisas muito fascinantes ou se é hoje que acho de menos mas, sempre tem algo pra equilibrar, lei do equilíbrio... Sempre algo pesa pra outro lado, ou não, isso não é constatado mas, sempre desconfio que haja isso, aquele negócio, não existe nada de graça, não existe magia. Aquele olhar que você pensou que era pra você, não era. Aquele romantismo barato era só sexo, aquele sexo era só romantismo, carência, inverso, ora um, ora outro.
E as relações entre as pessoas parecem ainda não estar verdadeiras mas, estão mais prazerosas.
E o cigarro apagado, o tempo mórbido, as eleições chegando, não é mais tão legal ser partidário e fanático e nenhum candidato é mais tão detestável, todos são aceitáveis, bem, continuo na esquerda mas, não me é tão nobre quanto já pensei antes mas, não seja por isso, não conservo conservadores, nem vegetais em conversa, tudo fresco e natural, como um café de manhã.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

necessário,

Tudo isto é realmente necessário, é querido...?
Todos tem namorados (namoradas), carros, trabalho, doenças, defeitos, estilo, apreço...
Quis ficar longe de tudo, o tanto que tudo me afastou, assim, desprezei mais do que era justo, isso incluia a mim mesmo...
Chega a certo ponto que você mantêm o mínimo para sua existência (nossa, descobrir que o legal é se abstrair da totalidade, eu não quero, não quis, não aceito isso, só cedo...
Andar pelas ruas, e ver cores, formas, indivíduos andando, que lhe interessam ou não... ainda bem que você não os conhece a maioria, senão você sentiria o desprezo a você em seus corações. Por isso amigos são ótimos, uma obrigação com você, de agir de uam forma totalmente contrária a sua natureza só pra não te incomodar (mais), desiludir da desiluzão, sabe, nem tristeza, por que teria o inverso, e ficaria nesse sobre e desce, é tipo, nada... Sabe, pense as coisas - máquinas - matéria-prima, processo, produto, e você querendo só café quente e te levam a cafeteria onde te deprezam por você não apreciar capuccino, por você só café, de qualquer jeito. Porque não apreciar isso, mesmo sendo caríssimo, um desperdício de trabalho escravo ou você ter achado no chão, na gaveta da sua casa... Num gosto disso, ofender os seus princípios, estou morrendo o mais rápido possível a fim de causar o mínimo de danos possíveis, posso apenas se mudar, ou desaparecer, assim, se apago aos poucos, ao contrário do kurt.
E isso não porque eu desprezo a sociedade, ela é ótima, demais, pra mim, mesmo, até decadência, arranja amor, apreço, até no fundo do poço, não consigo, não sei se quero, escrevi de mais, sobre mim. Preciso escrever de fora, do místico, do urbano.
Meio que talvez, certo momento da sociedade, ou você afeta os poucos ela e melhora a seu gosto ou seja devorado por ela, isso pode ser doloroso e mortal, então é hora de escolher, porque você está lutando uma batalha perdida com um gigante.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Alguma coisa...

... tem melhorado ultimamente, parece que está passando do insusportável, cruel, morbido... para o só ruim. Um bom sinal é que não estou mais me incomodando com os planos dos outros, com as outras pessoas estarem vivendo e eu não, acho que se importando menos pelo menos, tentando ser menos possessivo com meus amigos. Pensando... queria alguém que me é mistério só entedesse meus pensamentos. Mas to levando, não o que escrever mas, tinha que escrever, legal isso.
Então, como está as coisas, paranóicas..., nem tanto, quem sabe faça acordos com o sistema e façamos uma trégua, para que eu possa viver um pouco e ele explorar uma nação média em desenvolvimento (qualquer).
O que eu preciso: de arte, de arte ou de beleza(?), de um cachorro, de uma aquarela e um lápis vermelho. Desenhar um coração ou uma maça, amor, desejo, fome, árvores de maçã, que coincidência, não posso pensar nisso agora, assim diz todos os meus superiores, desde o meu estômago, minha mãe, até o porteiro da balada, há situações bem inconvenientes, não quero lembrar, que eu sou inconveniente também, eu sei!
E você, ta sossegado, deitado no sofá, o seu cunhado chegou pro almoço e ficou pra janta, é ué, é a sociedade, a família, a rede globo, tem que suportar, todo pensa que não, mas... enquanto não levantamos nossas bandeiras, eu só dizemos: "olha aí, num tinha pensado nisso (ferrrr) (sempre tem uma fernanda que fica ferrrr) (eu não) (mas tem).
Acordar cedo, ainda bem que existe café, ascendem-se as luzes da noite e você toma o liquído obscuro, mesmo sendo escuro, te aquece, e você fica muito louco e escreve essas coisas.
Isso aí,

terça-feira, 27 de julho de 2010

Fui citado!

Nossa, fui citado num outro blog, do meu aimgo Jeff, numa frase que eu no mínimo nem lembrava e nem sei se tinha tanta relevância. Mas, falava sobre sistema e Lady Gaga, muito estranho, né.
Então o fato é que o que eu quis dizer é que a Lady Gaga representa perfeitamente o sistema, mutável para ser adaptar às várias gerações e sua mantê-los sob controle. Fala a verdade, eu esperava um pouquinho só mais, da Gaga, além de ela não ir além da Madonna, as músicas dela falam só sobre relacionamento e tal de uma maneira tão comum, básica, antiga, que faz contrasta significativamente com seu visual e o que ela tenta passar, tem músicas MPBs antigos ainda bem mais "sexo selvagem" ou "avant guarde" que esses pop aí. Vai ver as vezes eu olho pro lado errado ou então julgo demasiado pela aparência. Aliás, nem sei o bastante pra falar, mas fica assim!

Uma dica esperta que eu tenho aqui é sobre a banda The (International) Noise Conspiracy (foto). Bem, em poucos palavras, eles são de esquerda no mínimo e inspirados no movimento situacionista. O vocalista da banda, Dennis Lyxzén, foi da banda Refused, pra quem conhece o punk (eu nem tanto). Ambas as bandas são suecas, interessante é que os países no auge do capitalismo que tem mais argumento contra o próprio. Um país encadinavo, desenvolvidíssimo seria "o capitalismo dando certo" (ou não pelo visto) pois parece haver uma revolta contra o capitalismo até maior do que no países em desenvolvimento.
Falando do movimento situacionista, é uma coisa fora da esquerda stalinista, negócio bem visionário, acho que é visionário até no visionário, ainda é ligado a movimentos artísticos e causou o Incidente de maio de 1968 em Paris, que gerou um belo caos por lá. Interessante como mais um movimento contra o capitalismo e que parece ter tido boa repercussão seja abafado, pois só fui tomar conhecimento dele através da tal banda. Pra quem se interessar, o livro "A Sociedade do Espetáculo" fala sobre as idéias do movimento, a fim de pesquisa, não tenho uma posição formada ainda sobre o assunto. http://www.ebooksbrasil.org/adobeebook/socespetaculo.pdf

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Reciclado - Lixo comum


Uma das melores coisas da vida é não estar certo;
Porque ás vezes podemos ser pessimistas e dramáticos;
Uma boa coisa é dizer sem pensar ás vezes e ver que mesmo depois que deu tudo errado valeu a pena e ao menos souberam o que voce pensa.
Os melhores amigos foram os que se conseguiram arduamente, foram os que voce mais detestou algumas vezes e que mais te trouxeram esperança;
Os principais aborrecimentos nos deram força de compreender nossos limites e entender os outros;
"Não vim pra te fazer feliz e nem quero te ver sorrindo, mas, quando precisou sempre estive ao seu lado... sustentando seus espinhos..." (babosa)
Penso de acordo com os acontecimentos, mas, não me iludo tanto com eles, pois as vezes o que deixa mais triste é saber que se está muito feliz num momento e que depois se estará tão triste. Melhor é passar sempre uma boa energia a todos, cultivar a si próprio.
Curtir a noite fumando e bebendo vinho, saber esperar pelos outros, olhar para o horizonte, esquecer de tudo;
Hey, be trying to meet you(pixies)
Tento buscar talvez nos outros o que não encontro em mim;
Pelo menos agora sei de que o desespero é na verdade o que acontece de pior, que a ilusão de nós confude também o que vemos;
Viver é sofrer(schopenhauer)
Mas o que é viver e o que é sofrer, com o tempo aprendemos que um e o outro fazem parte da mesma coisa que são necessários a nossa existência e nossa felicidade;
O mundo encaxaido em pequenas partes tão complexo quanto a mente de cada pessoa que deixa tudo tão inevitável e surpreendente a cada dia;

Que o interessa para nós é a nossa visão de tudo, mas, que não somos tão egoístas assim, pois talvez o nosso sofrimento seja sempre alheio a nós e estamos muitos mais disposto para a universalidade das coisas do que para o nosso próprio tempo;
E é só voce que me entende do início ao fim...(renato russo)
Alguns entendem minhas piadas, alguns entendem o que eu falo, um pouco menos entende meu jeito, outros entendem meus hábitos, nem tantos entendem meu pensamento, raros sabem como me agradar e o que eu penso do mundo,
e só uns podem dizer o que de mim quase mais do que eu ;D
Menina linda, me alucina, me faz sofrer, yeah, prefere ficar sendo fria do que se render...(babosa)
não há mais tanta pressa!

domingo, 25 de julho de 2010

solidão agressiva

Quando às sete horas da noite eu simplesmente não consigo ficar sozinho, não consigo respirar por mim só, preciso da noite, das pessoas, das luzes da cidade, da madrugada, da fumaça dos carros, do seu suspiro de desesperança.
Isso pode se tornar na melhor coisa possível ou numas das piores torturas nazistas ou chinesa...
Tipo, vida Cazuza, triste e injusta, cinza...
Aí você sai e fuma um cigarro numa esquina, e melhor na manhã, que você ouve Ella Fitzgerald e Ray Charles, lembrando da época que tudo era leonino (não tão bom assim).
Pensa, quando você está somente com a companhia dos seus antigos inimigos, algo está estranho, quando todos estão ocupados demais, altos demais, e você escuro e no fim de uma longa fila burocrática e impetuosa, isso bom, bom pra sentir a impetuosidade da vida, quando você pensa que não, que tudo é morno, ah é.
Legal, antes reclamavam de você reclamar, agora, vá ao ponto que estou com pressa.
Acho que talvez que isso seja tão desnecessário quando a emoção passada pela Ellla Fitzgerald ou pelo Tim Maia, pra você que não gosta, ótimo, compre um coração em 36 vezes.
Bem, o que poderia lembrar do mundo e universal numa hora dessas...
Tibet, deserto do Saara, que problemas será que eles tem por lá, qual o meu vínculo perdido com a sociedade, que deixa com todo esse tempo vago para pirar e se dedicar a arte de se entediar, se eu tivesse trabalho estaria pior (conveniente pra mim e para os artista que são mantidos pelos mecenas). Mas, que trabalha, árduo, bonito, singelo, religiosamente, é uma coisa, simplesmente não difere de pedir nas ruas, tão enfadonho e nobre quanto.
Me dê mais um cigarro e um pouco de café pela manhã, pois é na manhã que você não se incomoda de fumar sozinho, você até esquece que faz, tudo é eterno de manhã. Apesar que eu já ouvir falar de taxas elevadas de suicídio pela manhã, talvez se tenha tranqüilidade até para morrer.
Bem acho que este desespero todo me deixa mais a vontade para falar das dúvidas daqueles caras lá, os humanos: o universo em expansão,...
...o engraçado foi que eu achei isto pesquisando sobre o suicídio, que me levou ao sentido da vida e que me levou ao universo em expansão (eu disse que era tenso).
Bem, saí pra fumar, perdi o ponto, deixa pra depois...

Aurora Boreal


Não tenho nenhum conhecimento técnico da aurora boreal, sei meio como um mero devaneio ou acaso, mas acho muito interessante, não vejo muito por aí, então peguei uma foto @google qualquer.
Bem a aurora parece uma coisa bem da natureza, e ao mesmo tempo muito artificial e tecnológica por isso passa uma coisa de futuro e tal, sei lá, que nem os países escandinavos.

noites curtas

Noites estão sempre curtas pra mim, começam como acabadas já...
Tento preservá-las o máximo possível mas, o que sobra é um pouco de ansiedade e frio na barriga.
Então estou tentando rever meus conceitos a cada noite mal acabada, estou tentando procurar a pessoa perfeita no momento perfeito,na escada escura...
O nome do blog deve-se às citações do Placebo em suas músicas, muito profundas pra mim (vai saber o que há).